Ucrânia: O princípio de uma nova era

A atual guerra em território ucraniano parece não ter fim à vista, mas com o escalar da situação envolvente, mais tarde ou mais cedo, esta terá de ser concluída.
Uma enorme pressão é colocada desde o momento que existe a intervenção direta de países constituintes da NATO, neste conflito russo-ucraniano, que pode num cenário não tão longínquo como isso, resultar numa guerra internacional armada, envolvendo os dois blocos mundiais, ocidente e oriente, mesmo que de forma discreta, já o esteja a acontecer.
Em caso de vitória ucraniano-europeia, a Rússia passará por consequências nefastas em toda a sua formação, e irá de certa forma subjugar-se ao domínio ocidental, mas de forma mais evidente, à potência mundial em crescimento mais próxima, a China. Esta que detém como um dos seus objetivos primários, criar tensão na Rússia bem como a tornar numa espécie de Estado vassalo, para que as suas necessidades sejam cumpridas à sua mercê.
Teremos a exceção da Coreia do Norte, representada por Kim Jon-un que recentemente fez questão de participar numa visita a um cosmódromo russo, com intuito de marcar posição e fazer sentir o apoio que o mesmo apresenta para com Putin, na sua luta contra o Imperialismo. Ou seja, a Rússia mesmo com dificuldades terá sempre ajudas externas que permitirão colmatar um possível descalabro como todo.
Porventura se o bloco oriental conquistar a vitória na guerra, a União Europeia e respetivos Estados Unidos da América, enfrentarão, como se pode averiguar, a subida exorbitante do preço de bens alimentares, dos cerais, tema bastante discutido nos últimos dias, e do gás natural e petróleo, tão necessitado devido à dependência para com a Rússia.
O caminho passa pela União Europeia criar os seus próprios gasodutos e estabelecer laços diplomáticos com países tecnologicamente avançados, como a Índia, fornecedores de matérias-primas e bens alimentares essenciais tal como os cereais que são importados do território ucraniano, atualmente em guerra.
Por fim, será importante referir que este conflito não
é benéfico para qualquer dos países e blocos mundiais envolvidos, pois seja
qual o for o triunfante, o mundo em si, passará dificuldades extremas. Assim se
pede um final urgente para este tipo de conflito e futuros homólogos.
Sérgio Carvalho