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Recomendação Cultural da Semana

01-03-2023

LOVE SICK - DON TOLIVER

"Love Sick" é o 4º álbum do artista Caleb Zackery, também conhecido como Don Toliver. Este álbum contém 16 músicas produzidas por diversos artistas e já era muito esperado pelos fãs do rapper.

Este álbum apresenta um estilo diferente daquilo a que estamos habituados com Don Toliver. Na minha opinião, parece ser um álbum experimental onde o artista tenta explorar um novo estilo, estilo esse que é bastante psicadélico e que nos dá a sensação de que estamos no espaço sideral. Conta também com a participação de diversos artistas como Justin Bieber, WizKid, Charlie Wilson e James Blake. O último aqui referido, James Blake, talvez seja a melhor adição ao álbum, pois a sua voz angelical traz uma perspetiva serena para a música onde participa – "Let Her Go" – algo que funcionou muito bem com a letra e o ritmo da canção.

Quanto ao conteúdo, não há muito a dizer, as letras são simples e bem escritas e tem excelentes melodias que chegam até a ser infeciosas, algo muito positivo para um álbum de romance.

A narrativa do disco segue a relação falhada de Don Toliver que tenta, de certa forma, ressuscitá-la. Durante este projeto, o artista fala em detalhe dos altos e baixos da mesma.
No meu ponto de vista, são os momentos baixos contados como história que mais ficam com os ouvintes. Como já dizia o artista Lute – "I let that pain seep 'cause it makes for good music", ou seja, "Eu deixo essa dor escorrer porque isso faz boa música".

É na produção que, a meu ver, o álbum perde pontos. Isto talvez devido ao facto de a lista usual de produtores com que Don Toliver trabalha estejam ausentes deste projeto, como é o caso de Metro Boomin.

Mike Dean, apesar de ter participado no álbum, não teve um grande papel na sua produção, que só trouxe o álbum para baixo.

Em relação à música em si, está bem assente a influência de música eletrónica dos anos 80, sendo esta bastante "noturna" e beats com graves bastante marcantes. No entanto, também notamos a presença de certos beats de discoteca e de "dance hall", que fazem com que o álbum não seja muito coerente.

Apesar de todos os erros que eu, como ouvinte, aponte a este novo álbum de Don Toliver, acho que o valor de replay é bastante alto, principalmente em alturas de maior descontração e relaxamento.

Não é o melhor trabalho do artista, não obstante, não deixa de ser um bom álbum.

Na minha opinião, este álbum é um 7/10 e recomendo que o ouçam pelo menos uma vez.


Gonçalo Brito

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