Queda de Assad: assalto ao poder na Síria

Bashar al-Assad, presidente deposto em território sírio, deslocou-se e "exilou-se" na Rússia, o seu conhecido aliado, após fugir de Damasco, a respetiva capital deste país Médio Oriente, conjugando nessa ida, a própria família do representante político.
Refira-se tal como foi proferido no parágrafo anterior a Rússia é de facto um Estado que apoia diretamente o regime de Assad, pelo menos caracterizou-se dessa forma ao longo dos anos.
Tal fuga sucedeu com o grupo rebelde Hayat Tahir al-Sham, que invadiu a capital síria, no final de anterior a este presente dia, sendo que, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, no domingo do fim de semana referido, confirmou que o ex-presidente tinha abandonado o seu respetivo cargo e que o país, mediante as negociações elaboradas, com outras eventuais eventuais agentes relacionados, de forma a transferir pacificamente, o poder do Estado.
A queda de mais uma ditadura no Médio Oriente, representa uma possível ascensão de um movimento libertário de possíveis democracias no Médio Oriente, tentativa aplicada com a antiga presença norte americana nesses respetivos territórios de que é exemplo, o Afeganistão, cuja saída norte americana foi efetuada em 2021, mas tal será precário na sua relação, uma vez que a intrusão de ideologias mais ocidentais, perturba o funcionamento delicado e a seu ritmo, dos países localizados nesta esfera do globo, entre outros exemplos de tentativa de influência como o Iraque e a Líbia.
Consequentemente, essas tentativas de assalto ao poder de outros países, pode encontrar na situação da Síria, uma reflexão e uma situação semelhante às decorridas com os outros países desta geografia, no entanto, uma possível influência dos Estados Unidos da América, ou do Ocidente através da União Europeia, será altamente improvável, especialmente com a suposta tentativa europeia de apoiar um suposto "candidato" para a presidência síria.
A esta reflexão fica a questão russa, uma vez que, tal como foi dito, o regime de Assad era apoiado pela esfera de influência russa, tanto de acordo com a vantagem de ter mais um Estado pró-russo no Médio Oriente, para destronar a possível hegemonia israelita apoiada pelos americanos, nesta respetiva zona geográfica.
Assim, concluiu-se que apesar da queda de mais uma ditadura no Médio Oriente, de que era o caso de Assad e do seu regime, a luta pelo poder ainda é muito precoce pois existem diversos interessados e interesses múltiplos envolvidos na pessoa que irá pender para o bloco do Ocidente, ou Oriente, influenciado claro pelos grandes agentes internacionais, tais como a própria Rússia, e os Estados Unidos da América.
Sérgio Carvalho