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Partidos extremistas: um erro cíclico?

27-11-2023

Tal como é conhecido, no passado da União Europeia e respetivo território, a mesma foi constituída através de conflitos, sendo o seu estado permanente de guerra, já natural, devendo-se maioritariamente, à ascensão de movimentos populistas e considerados extremistas, de que foram exemplo, no seu auge, o fascismo italiano com Mussolini e o nazismo alemão com Adolf Hitler.

Atualmente, para além de vivermos uma época de sensibilidade elevada, observamos o descontentamento das populações, com os seus respetivos partidos políticos que possuem o poder, especificamente aqueles moderados, como acontece em Portugal, com o PS e PSD, que perdem de forma galopante, indivíduos que votam nos mesmos, devido à falta de credibilidade das suas ações e por considerarem matéria similar na sua composição, sendo necessário, na visão dessa população que poderá ser facilmente persuadida, um movimento mais radical e de mudança, daí o aumento de votos efetuados no partido do CHEGA.

O caso português é um de muitos, que neste momento se faz representar pela ascensão de um partido radical como o CHEGA, pois França, Espanha e Holanda fazem parte desta vaga extremamente perigosa em território europeu.

Assim, na Alemanha, o "coração europeu", concluímos que existe uma forte tendência para que o partido radical alemão, Alternativa para a Alemanha, AfD, de cariz radical de direita, suba cada vez mais, num movimento que só terminará com a obtenção do poder, nesse país. Em Espanha assistimos ao crescimento do partido do VOX, considerado extremistas nas suas ações e políticas, bem como em França com a Marie Le Pene e o seu partido, "Rassemblement National", com pendor radical à direita do hemisfério político. Por último o mais recente, o caso holandês que consistiu à poucos dias, na tomada do poder por parte do líder radical, Geert Wilders, anti-islâmico e com intenções anti-UE, e do seu partido, PVV, Partido da Liberdade, que representa de forma altamente crítica a consumação da posse de países democráticos europeus, por indivíduos radicais, tal como foi referido e fascista, este último.

Claro está que se analisarmos os conflitos regionais existentes, a degradação grave das democracias e dos seus políticos, entre outros aspetos, vemos que estes movimentos radicais se propagam para fora da Europa, no caso a América Latina, Argentina e o seu extremismo atual, ou mesmo os Estados Unidos da América, que consideram como forte hipótese, caso não tenha nenhuma repercussão judicial, colocar como líder do partido republicano a concorrer às respetivas eleições, Donald Trump.

Em suma, a forte ascensão de partidos e líderes radicais, deve-se sobretudo ao descontentamento existente entre as diferentes populações nos seus países, com as políticas aplicadas e falta de carisma dos seus líderes, causando uma vaga extremista a evitar com todas as forças, para não cometer o mesmo erro do nosso passado, que tudo indica ser o caminho que estamos a percorrer. Então a posse desses indivíduos radicais é um forte sinal de que as democracias estão novamente em crise e em elevada degradação, causando assim o agravamento da instabilidade do Sistema Internacional, pós pandemia da Covid-19, conflito russo-ucraniano e consequentemente todos os conflitos regionais como Israel-Hamas, Taiwan-China, que crescem de forma alarmante todos os dias.

Sérgio Carvalho

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