Movimentos populacionais: excesso de procura na Europa por uma oportunidade inexistente

A questão relativa ao movimento populacional realizado de forma voluntária de um conjunto de pessoas de um determinado país para um outro, é atualmente um dos mais relevantes problemas a serem resolvidos, na agenda da União Europeia.
Tal como é sabido, as migrações são um entrave para as políticas da união em que nos encontramos, devido ao excesso de afluência criado por esses movimentos, com destino principalmente aos países do Sul europeu, que aparentam, de forma histórica, serem focos de agravadas crises, como aconteceu no caso português, espanhol e grego. Estes três agentes internacionais, tiveram profundos problemas financeiros, e em alguns casos, foi necessária a intervenção da designada "Troika", formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, que só é utilizada caso um país apresente valores de endividamento público exageradamente elevados.
No caso, a União Europeia, atualmente em crise aparente, devido aos conflitos regionais em ascensão por todo o mundo, após uma pandemia em que entrou em recessão económica, bem como o resto do globo, esta possuiu capacidade limitada de receber uma certa quantidade de movimentos migratórios em direção ao seu território. Neste momento outro aspeto relevante a referir, será o libertar contínuo de refugiados de países presencialmente em conflito, que desequilibra tanto o contexto da União Europeia, assim como das suas economias que recebem uma espécie de "boom" dinâmico para mecanizar as mesmas de forma sustentável e a crescerem exponencialmente.
Claro está que esse é um dos pontos positivos na recessão tanto desses movimentos migratórios, como dos refugiados, que tem a indicações e competências válidas para acrescentar uma mais-valia ao país que escolheu como seu destino final. Apesar disso, no momento atual, especificamente na Turquia e Egito, encontram-se localizados diversos campos de refugiados, todos eles à espera de uma escapatória às condições terríveis em que se encontram. Mesmo que apoiados pela União Europeia, esta pede para que esses países funcionem como um bloqueio para que esses indivíduos não venham para território europeu, pois o mesmo está altamente sobrecarregado nessa área, desestabilizando mutuamente o país em que se encontram e consecutivamente, a própria União em termos gerais.
A recessão dessa população incluiu claro não só pessoas que derivam de países em conflito, mas sim incluindo Estados em recessão económica que apresentam dificuldades, tal é exemplo da enorme comunidade que proveu do Brasil para Portugal, numa tentativa de encontrar melhores condições de vida.
Em suma, a UE já não tem capacidade para receber
quaisquer tipo de refugiados, independentemente da sua origem, bem como
populações que procuram melhorar as suas condições de vida, pois o sistema
europeu está sobrecarregado e não tem, à exceção de países vizinhos a impedirem
a entrada desses cidadãos, ou à criação de pacotes de ajuda humanitária como
aconteceu recentemente com a Líbia em que a União Europeia reuniu cerca de 900
milhões de euros para fazer com que os cidadãos desse país ficassem no seu
território e não viessem para a Europa, soluções claras que concluam os atuais
problemas relativos precisamente a esta área, o que é um agravante de peso para
as contas como um toda da própria União, não conseguindo proporcionar mais, o
que no passado foi possível, ou seja, uma nova oportunidade para aqueles que só
pretendiam ter condições mínimas, não para viver mas sim sobreviver.
Sérgio Carvalho