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Moedas digitais e os extremos políticos: significado num mundo conturbado e exacerbado por agentes terceiros

21-02-2025

O mercado de moedas digitais, tem contribuído para o desenvolvimento da economia, por termos não tradicionais, o que poderá deter consigo, uma determinada dúvida intrínseca, por parte dos seus utilizadores, mas da mesma forma, certezas sobre o caminho a percorrer e, dos seus benefícios instantâneos, que por vezes, fazem esquecer os perigos de que um mercado digital, é composto.

Assim, moedas digitais como a Dogecoin, LIBRA$, entre muitas outras que se encontram em ascensão, sem retirar mérito ao patamar estratoesférico que a Bitcoin atingiu, para adquirir uma tem-se que, sensivelmente, desembolsar 92 mil euros atuais, representam não só uma ameaça em termos de debilidades, em questões de cibernética e possíveis ataques aos sistemas digitais dessas moedas, como, por outro lado, sejam uma forte possibilidade a frequentar, uma vez que a sociedade caminha a passos largos para uma digitalização em massa, como se observa, mediante o exemplo básico do novo cartão de cidadão digital, na União Europeia.

Dentro desse raciocínio, irei atentar para a criação da moeda digital argentina, recente, por Milei, bem como, o papel de Elon Musk, na propagação e respetiva importância crucial das moedas digitais como a Dogecoin, para o mercado atual e a curto e médio prazo, com a sua presença, de influência direta, ao nível dos conselhos para Donald Trump.

Primeiramente, Ravier Milei, no anterior dia 30 de janeiro, obteve uma reunião na Casa Rosada, com nada mais, nada menos, Hayden Mark Davis, americano que é CEO da Kelsier Ventures, empresa cuja área é consultoria, investimentos em negócios digitais e criptomoedas, o que não deixa de ser polémico para a opinião pública, devido à ascensão da moeda criada, LIBRA$, ascensão tal, quanto à sua queda abrupta, que deixou milhares de pessoas, endividadas e, de mãos a abanar, após uma luz ao fundo do túnel face à crise avassaladora e respetiva dívida pública da Argentina. De acordo com informações recentes, todo o processo inerente à própria criação da moeda, à possível fraude fiscal existida no seu desenrolar e a sucessiva perda de valor abrupto no mercado, que causou a desgraça a milhares de milhares de pessoas, está a ser investigado pelas entidades competentes e, no momento, ao nível judicial, o que pode traduzir a queda finita do país argentino, mediante o agravamento total de todas as componentes que lhe envolvem, especialmente a credibilidade, em termos económicos e da sua astronómica, dívida pública. Tal escândalo, pode mesmo rebentar a bolha e provocar a banca rota permanente deste agente internacional, com consequências a todos os níveis e, no sistema internacional.

Em segundo lugar, a questão da Dogecoin e, a sua ligação instável e direta a Elon Musk, Donald Trump e, consequentemente, à posição dos EUA, no panorama internacional, tanto neste mundo imenso, digital, assim como o seu carácter pouco fiável nas suas posições exercidas. Dessa forma, poderá ser possível elencar uma perigosidade associada ao controlo dos tech guys, uma vez que o atual corpo político da máquina americana, é composto por uma espécie de elite oligarca de intervenientes, altamente influentes, e, com um poderia descomunal, pela força que aparentam obter nas decisões de Donald Trump, assim como na ascensão das moedas digitais e, de todo o processo de digitalização social, como o aumento exacerbado da Bitcoin, referido anteriormente e, respetivamente, da Dogecoin, uma vez que Elon Musk, na rede social X, demonstrou ter uma relação direta com a compra desta moeda específica, ao trocar a própria imagem de perfil da sua conta, nesta rede social, que exaltou os internautas e aliciou-os a comprar a mesma, tal como se veio a descobrir, posteriormente, tempos antes do escândalo ocorrido na cerimónia de atribuição de posse da presidência norte americana. Esta mesma moeda, alegadamente tinha ligação direta com grupos extremistas e, em certos casos, radicais nazis, como aparentou Elon Musk ser, com o gesto utilizado nessa cerimónia bastante crucial.

Por fim, refira-se, que a evolução é algo inevitável e o recurso a novas formas de a atingir, fazem parte da sociedade contemporânea e do nosso dia a dia, no entanto, é necessário a prevalência da seriedade, honestidade e carácter, pois não só a digitalização geral do planeta onde vivemos é alvo de questão, por parte de tais características, como existe uma parca atribuição de valores morais, às entidades e, mais ainda, às personalidades responsáveis pela forma de estar de um determinado país, como os EUA, ou um qualquer outro, que exprime, notavelmente, a ausência de um juízo de valor equilibrado, de acordo com a ascensão dos extremos políticos, quer à direita, quer à esquerda, no panorama internacional, que representa um retroceder temporal, na história da Humanidade ao invés da evolução que tanto se procura obter.

Sérgio Carvalho

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