Gestão minuciosa do Indo-Pacífico: tensão existente

A criação de meios de mediação entre agentes internacionais que estão diretamente envolvidos em possíveis confrontos, como é o caso dos EUA e da China no território marítimo do Indo-Pacífico, é fundamental, para que exista um controlo eficaz das tentativas ameaçadoras do estado chinês em tomar quer Taiwan, como o território regional marítimo observado nessa parte do globo.
Em primeiro posto, pela disputa de Taiwan, do simbolismo e importância que este apresenta na produção de componentes essenciais para a tecnologia que utilizamos no nosso quotidiano. De seguida, os EUA que em caso de agressão chinesa a Taiwan, são obrigados a intervir devido à cláusula de defesa existente entre estes dois países.
O fato mais importante no momento, será o controlo marítimo das zonas referentes ao Oceano Pacífico, e Índico, locais onde o escalar da instabilidade tem sido recorrente, muito devido aos ensaios de mísseis acionados por navios de guerra chineses, que automaticamente são considerados uma ameaça, quer para Taiwan, como para os EUA, Inglaterra, que tem realizado controlos marítimos na área, e qualquer país inerente à NATO.
Por conseguinte, o Pentágono norte-americano, pretende explorar novos compromissos multilaterais, de defesa do território marítimo anteriormente referido, num prazo de três a cinco anos, com intuito de se encontrarem prontos todos os participantes, para eventuais conflitos nessa zona regional. De apontar a necessidade do Ocidente se proteger do domínio chave da China em diversas áreas nos mercados regionais externos ao seu território, e sobre a Europa, em termos energéticos, económicos e industriais, ou seja uma aplicação do Sharp power.
Assim, é possível referir que os EUA pretendem combater o Oriente através da promoção de novas cadeias de produção e abastecimento, "temos agora a oportunidade de enfrentar estes desafios, entre outras coisas, aumentando a nossa capacidade de produção e fortalecendo as nossas cadeias de abastecimento", referiu a subsecretária de Defesa, Kathleen Hicks do estado norte-americano.
Considera-se então que tal como foi instituída em 2021, a AUKUS, composta por Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América, é necessário encontrar meios de equilíbrio e de mediação para controlar a forte tensão existente na zona regional do Indo-Pacífico e então, de certa forma, continuar a evolução da matéria de propulsão nuclear de submarinos, e da resolução pacífica de disputas que possam surgir, inerentes à constituição da organização internacional evidenciada.
Concluindo, a tensão que existe entre EUA e China, com
outros intervenientes de peso na zona do Indo-Pacífico como a Inglaterra,
Austrália, entre outros, pode romper a qualquer momento, sendo que de forma
estratégica, o estado chinês tem vindo a propagar os seus ideais em países
vizinhos, e através do domínio e tentativa de enfraquecer o Ocidente, ser dono
dos mercados internos europeus, em termos energéticos, industriais e financeiros,
de forma a aplicar o seu Sharp power.
Sérgio Carvalho