Forma de enfraquecer a Rússia: sanções económicas contra parceiro comercial

Na passada sexta-feira, os Estados Unidos da América elaboraram um dos pacotes de sanções económicas contra a China e qualquer empresa com capitais chineses em território pertencente a qualquer país inserido na União Europeia, deixando um sério aviso à capacidade norte americana de ação perante as adversidades de apoio encontradas à Ucrânia no atual conflito.
A China, recebeu a novidade com bastante contestação, sendo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning referiu "opomo-nos firmemente a estas sanções unilaterais" e defendeu que as interações comerciais efetuadas com o seu parceiro, no caso a Rússia, são meramente comuns em que existe uma relação entre os dois países, de forma cordial. Assim, o mesmo desenvolveu a questão sobre o contínuo apoio para com as empresas chinesas, de forma que as mesmas não sofram consequências graves que coloquem o seu bom funcionamento em causa.
De certa forma, as sanções em questão não afetam isoladamente o crucial parceiro russo, mas sim cerca de vinte e seis empresas e cidadãos de países terceiros, incluindo nesta mesma lista, a Alemanha, Emirados Árabes Unidos, entre outros agentes, com intuito direto de enfraquecer a Rússia no seu financiamento externo sobre o atual conflito com a Ucrânia, dificultando sucessivamente, o acesso aos recursos que esta tanto almeja para sair eventualmente vitoriosa contra as forças ucranianas.
Washington, com o objetivo de perturbar o equilíbrio económico tanto da Rússia como dos seus parceiros essenciais, de que é exemplo a China, atuou de forma semelhante no passado de maneira a aplicar medidas de carácter similar, sem o consenso do Conselho de Segurança, algo bastante incomodativo, e sem qualquer aspeto respeitoso em relação ao direito internacional, provocando certa desconfiança e dúvida sobre os fundamentos utilizados pelos norte americanos.
Mesmo com a tentativa bem-sucedida de influenciar economicamente os países visados, Mao Ning, enviada para a resolução de questões do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, alertou para o fator crucial do não confronto e agressão entre diferentes blocos mundiais, no caso a referência direta entre Ocidente e Leste, para que exista ao invés desse conflito, uma cooperação cordial bem aceite pelos dois polos divergentes, quer relativamente à questão da Ucrânia, quer sobre futuras resoluções políticas a serem elaboradas de forma sustentável.
Assim, os norte americanos foram bem-sucedidos com a criação de um forte impacto na economia chinesa, que teve repercussões diretas no financiamento e alimentação do atual conflito russo-ucraniano, pois apesar da China afirmar que as interações unilaterais com a Rússia são triviais, existe uma desconfiança instaurada em relação à posição duvidosa que a China vem a manter neste confronto vigente.
Sérgio Carvalho