Lançamentos Semanais

COP29: a verba insuficiente

27-11-2024

De acordo com a essência da COP29, pode-se afirmar que a mesma se caracteriza por ser uma Conferência realizada, nos passados dias 11 a 22 novembro deste mesmo ano, sendo que na mesma, discutem a contribuição que os países ditos desenvolvidos atribuem aos respetivos países em desenvolvimento, de forma a combater questões graves e urgentes tais como o acordo climático, aliás, temática principal do uso da oferta monetária designada abaixo. 

Assim, chegou-se a um acordo de uma verba de 300 mil milhões de dólares, atribuídos desde o presente ano até 2035. O objetivo passa por aplicar uma consistência de financiamento dessa quantia identificada, anualmente, de forma a alcançar os 1,3 triliões de dólares anuais, conjugados com outras fontes de financiamento multilaterais, privadas, ou até mesmo fiscais e de parcerias com países do Sul global. 

Consequentemente, este número requisitado transforma-se no comprometimento dos estados mais desenvolvidos, de que são exemplo, Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Japão, Nova Zelândia, e claro está, os restantes Estados-Membros, no caso integrantes do continente europeu com as suas economias potentes, com a subida dos anteriores 100 mil milhões de dólares, para os referidos, 300 mil milhões de dólares. 

Portanto, a meta crucial será suportar o abandono por parte dos países em desenvolvimento, dos combustíveis fósseis, com intuito de consagrar uma adaptação face às condições climáticas atualmente vigentes e a questão problema do aquecimento global. De apontar que apesar dos esforços, devido ao abandono desta reunião da ONU por parte dos representantes de Estados insulares e países alguns outros países em desenvolvimento, as resoluções foram suspensas, pois iria ser assinado um contrato financeiro polémico, fixando-se nos apenas 250 mil milhões de dólares, ao invés dos 300 mil milhões de dólares, o que insurgiu em protesto e levou à convocação de uma reunião de emergência, entre os principais intervenientes, no caso, a União Europeia, os EUA e o Reino Unido. 

A Conferência terá terminado 24 horas depois, com as respetivas indicações financeiras suficientes, pois caso contrário, iria consubstanciar-se num resultado público negativo e previsível. 

Apesar das iniciativas positivas avançadas, face ao controlo de questões como as condições climáticas, os combustíveis fósseis, entre outros, só resultarão caso exista uma evolução energética e sustentável seguida pelas grandes potências como a China, Índia, que tendem a não aderir a tais causas, refletindo-se num mundo cada vez mais desigual entre Norte-Sul e que sobrecarrega os pequenos e médios Estados, em detrimento das ações e decisões do que os de maior proporção efetivam. 

Sérgio Carvalho

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