Artigo de Despedida

04-06-2025
É com um sentimento agridoce que qualquer estudante é obrigado a encarar o fim do ciclo que é a sua licenciatura. Ao longo da mesma e por entre todos os momentos que passaram, ficam guardados de forma exclusiva num cantinho caloroso da nossa memória os projetos e amigos que fomos desenvolvendo e fazendo ao longo do nosso percurso. Foi nesse sentido que, juntando ambas as coisas, se deu início a um projeto tão belo entre amigos, o jornal universitário “Caneta Lusófona”.
Hoje, passados três longos anos, cinco dos membros do jornal finalizam um capítulo muito importante da sua vida, deixando para trás aquilo que foi a sua passagem por este projeto. As memórias, as alegrias, as convivências, o lançar de artigos após horas de escrita e, por vezes, até os momentos mais difíceis que levaram à construção de novas pontes entre nós.
Neste seguimento, cada um destes cinco membros decidiu deixar marcada, através de um artigo final, o que foi para si fazer parte deste projeto, quais os sentimentos de ter sido parte de uma equipa tão
unida.

 

“A Caneta Lusófona nasceu como nascem as ideias que importam: em silêncio, entre conversas sussurradas nos corredores da Ciência Política e o desejo urgente de escrever o mundo com as nossas próprias palavras. Foi, desde o início, mais do que um jornal — foi um gesto coletivo de escuta, um lugar onde a língua ganhava corpo, onde a universidade se revelava em múltiplas vozes. De repente, aquilo que era um projeto de curso ganhou raízes mais profundas e alargou-se, com naturalidade e paixão, a toda a academia: abrimos portas, cruzámos áreas, tecemos pontes. E a Caneta, sem pedir licença, tornou-se de todos.

Hoje, ao confiarmos este projeto a novas mãos, não nos despedimos: passamos o testemunho. Porque aquilo que se escreve com coragem e convicção não termina — transforma-se. Agradecemos a quem leu, a quem escreveu, a quem acreditou. Agradecemos ao tempo, às dúvidas, às conversas e às madrugadas. Ficamos com a memória, com a tinta nas mãos e com a certeza de que, enquanto houver quem queira pensar e sentir em português, a Caneta Lusófona continuará a traçar caminho. Que nunca lhe falte papel, nem coragem.”
-Gonçalo Brito
 
 
“Fazer parte deste projeto foi a melhor decisão da minha vida académica. Por vezes damos por nós envoltos em decisões que nos prejudicam, seja pela ansiedade que acumulamos através delas ou pelo medo com que começamos a encarar o futuro depois das mesmas, porém esta decisão foi diferente, esta decisão mudou a minha vida.
Este projeto mostrou-me que realmente podemos materializar toda a nossa criatividade em palavras, através de uma escrita livre, de uma liberdade de pensamento e de uma dedicação a algo que tanto gostamos. Mas para mim, o que é obrigatório destacar no jornal Caneta Lusófona é o grupo, a equipa, as pessoas que o formam, a forma como sempre foram o pilar de todo o projeto. As relações pessoais de amizade, de felicidade, de companheirismo que se estabeleceram neste jornal são definitivamente o que mais me marcará para todo o meu futuro, no qual recordarei e guardarei sempre o pequeno gigante ‘Caneta Lusófona’ num importante espaço do meu coração. Gostava de agradecer a cada um deles, a cada amigo deste projeto, desta equipa, por tanto em tão pouco tempo e por uma continuidade futura que irei observar com o maior orgulho e felicidade.”

- Gonçalo Alves

 

“Bem, nem sei por onde começar... Assim se passaram 3 anos da minha vida. 8 anos depois de acabar o secundário desafiei-me a querer mais, a querer expandir os meus conhecimentos e as minhas habilitações. Nestes 3 anos tive a oportunidade de ouvir o Gonçalo Brito desafiar-me a criar, juntamente com ele, um jornal universitário. Assim, nasceu o "Caneta Lusófona" e digo-vos, que projeto maravilhoso.

Gostava de agradecer a todos os que colaboraram connosco neste projeto, que tanto me diz e que tanto significa para mim. Sei que posso sair com a certeza de que este permanecerá em boas mãos.

Agradecer também às amizades que fiz, pessoas com quem aprendi imenso e me fizeram perceber que existe uma vida para além da nossa terra natal e que as amizades valem muito a pena. Obrigado a todos por fazerem parte da minha caminhada e por me proporcionarem 3 anos incríveis na minha vida.”
- Nuno Martins


“Explicar para mim o que foi integrar este projeto em apenas dois parágrafos é extremamente complicado, no entanto, os mesmo irão perfazer o meu intuito em permitir passar a mensagem da melhor forma possível, do que realmente representou. O Jornal, foi começado numa vertente de trazermos ao meio académico algo mais do que aquilo que existia, uma fonte de informação que pudesse proporcionar uma liberdade de expressão, criatividade e fomento à escrita, outrora com muito pouco visibilidade na nossa Universidade Lusófona.

A minha entrada, praticamente no início do projeto, foi feita pois vi que este era um espaço não só com potencial para se tornar em algo positivo a longo prazo, como um local em que podia cumprir uma das
minhas vocações de eleição, escrever e redigir textos, notícias e artigos de opinião que conjugassem a atualidade com um pouco de mim mesmo, refletido nessa escrita que tanto aprecio e espero que os
leitores também, tal como o facto de fazermos, em equipa acontecer uma ideia que surgiu. Não posso deixar escapar, com um apreço especial, os meus colegas que viram em mim uma mais valia para o
Jornal, tanto que tenho o orgulho de dizer que fui responsável de uma das suas categorias, a atualidade, editor, escritor… tudo e mais alguma coisa no início, a par dos meus amigos que integram o projeto
até hoje, pois inicialmente eramos uma equipa reduzida, que se expandiu para mais membros, com o que eu acredito que seja uma base sólida para o futuro do Caneta Lusófona, e na qual posso dizer que fico seguro que o mesmo irá prosperar e desenvolver mais ainda.
Por fim acrescento e refiro, “Dos Guindais para o Mundo”, que apresentando muitos significados, para mim claramente se refere ao compromisso em fazer mais, melhor e em equipa, termos o espírito de
iniciativa académica para levar a bom porto, algo que outrora não existia… foi um prazer, obrigado a todos os que fizeram parte e irão continuar nesta caminhada, um até breve, mesmo que a saudade
quisesse que fosse um até já…”

– Sérgio Carvalho


“Terminei a licenciatura em Ciências da Comunicação e, por mais que soubesse que este momento ia chegar, ainda me parece surreal escrever estas palavras. Foram três anos intensos, cheios de desafios, aprendizagens e momentos que, de uma forma ou de outra,
me moldaram. O Caneta Lusófona foi uma parte importante deste percurso — um espaço onde pude escrever com liberdade, aprofundar temas que me interessam e ganhar confiança na minha
voz enquanto futura comunicadora. Cada artigo publicado foi mais do que um exercício académico; foi uma oportunidade de experimentar, de crescer e de perceber melhor o caminho que quero seguir. Saio

desta etapa com orgulho no que construí, grata pelas oportunidades que abracei e com vontade de continuar a dar voz às histórias que merecem ser contadas.”
 – Beatriz Vendas
 

E assim, com este sabor amargo na boca e este sentimento que nos pesa no coração, despedimo-nos deste projeto. Um projeto que tanto nos orgulha e que em tanto nos preencheu e que ficará, certamente,

gravado na nossa memória de forma eterna. Entre momentos adversos e alegres, entre escritas complexas mas recompensadoras e entre bons e reconfortantes momentos de equipa crescemos como estudantes, como escritores e sobretudo como seres humanos. Hoje, olhamos para trás com um olhar orgulhoso de quem sabe que conseguiu levar e elevar a sua criatividade dos “Guindais para o Mundo”.

 
Artigo redigido por:

Gonçalo Brito, Gonçalo Alves, Beatriz Vendas, Nuno Martins e Sérgio Carvalho.

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