A hegemonia representada na potência norte americana: a ameaça da ignorância

Tal como todos devem saber, as eleições presidenciais norte americanas estão para breve, o que representa automaticamente um enfoque primordial para a comunidade internacional e respetivas comunicações sociais dos seus países.
O aspeto relevante a ser considerado, poderá ser a ignorância da massa populacional, ou seja, à percentagem de cidadãos dos Estados Unidos da América que não possuem estudos, o que se reflete numa clara ignorância, não obtida diretamente em muitos casos, porque os valores aplicados a uma licenciatura e possível mestrado neste país denota uma disparidade abismal quando comprada por exemplo com as tabelas de preçário existentes nas faculdades europeias, ou no caso, de Portugal.
Existe esse fator como questão direta, quer isto dizer que, com essa falta de estudos, formação ou até mesmo conhecimento das matérias mais banais e casuais que possam existir, quer seja por falta de meios financeiros para obter essa "scientia", quer por opção, está a impactar de forma extremamente negativa o progresso desta potência internacional em termos de estupidificação, credibilidade, pois tem vindo a demonstrar cada vez mais atritos internos, oriundos e de certa forma exacerbados pelas bases instáveis que Donald Trump efetivou no seu mandato passado, como em relevo das votações para as próximas eleições presidenciais norte americanas, cujas sondagens, algumas, a apontar para a vitória de Kamala Haris, outras a indicar o lugar a Donald Trump, aparentam um empate técnico entre democratas e republicanos.
Esta relação dual cria um problema grave para os EUA, sendo que potencia ainda mais a divisão interna dos seus próprios cidadãos.
A ignorância, foco deste artigo, enaltece uma elevada parcela da população norte americana, o que é de veras perigoso pois essas pessoas estão sujeitas a um maior grau de influência e sensibilidade por parte dos populismos e movimentos nacionalistas radicais, caso em que se enquadra os elementos discursivos do antigo ex-Presidente deste país em causa.
Dessa forma, será necessário uma consciência reforçada, não só para evitar a viciação direta das eleições, tal como ocorreu nos anos recentes com a Rússia nos EUA, como para tentar retornar estados historicamente republicanos como o Texas, de forma a que esses mesmos se aproximem ou mudem para a vertente democrata, algo que Kamala Haris tem vindo a efetivar concretamente com a forte ajuda dos democratas, através da desunião que os republicanos detêm no seu núcleo forte, e mediante a presença discursiva e respetivas aparições regulares de uma figura bastante relevante, de que é o caso do antigo também Presidente, Barack Obama.
Fico-me por esta breve reflexão acrescentando, não será necessário efetuar uma reforma estrutural no acesso ao ensino superior norte americano, uma vez que as famílias de classe média e inferiores, sofrem constantemente e de maneiras extremas para comportam uma hipótese de que é uma licenciatura e possível mestrado para os filhos dessas dadas famílias? Ou até mesmo uma renovação numa aposta séria e inovadora nesta área do ensino, de forma a aproximar os cidadãos do que é a "scientia"?
Sérgio Carvalho